domingo, 14 de dezembro de 2014

Aos (in)constantes (in)consistentes

Perdi o sono. É tanta poesia que os versos não me deixam dormir. Delícia estar rodeado de uma boa sensação, ainda que angustiante por não ter ideia do que é. Passei o dia explorando roteiros e lugares a visitar. O desejo de não estar fixo em canto nenhum, ao mesmo tempo que acolho onde quer que eu vá, é enorme. Quero muito contribuir de alguma forma em muitos lugares, ao passo de que quero estar em contato com expressões distintas de vida. Cultura, linguagem, idioma, arte, religião, vestimenta, dança, música, paisagem, comida, enfim, há um desejo enorme de entrar em contato mais de perto com as distintas formas. Hoje, mais que sempre, tenho tido uma sensação forte de que não tenho uma identidade, um eu verdadeiro e único, por vezes me aflige, me traz incômodo, me faz sentir um vazio de que não sou ninguém. Mas, espera aí! Como seria possível ter uma única forma totalmente construída por si mesmo? A questão é que permito que meu caminho percorra distintos lugares e acabo agregando muito do que observo e vivo, só expandindo mais ainda aquilo que chamamos de vida. Uma subjetividade construída de maneira compartilhada, sem apegos àquilo que não é meu integralmente. Assim, sigo! De amores à vida e grato aos encontros e sorrisos que vejo e dou. <3

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