quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Vida egoísta

Com uma sensação de aventura e prazer fiquei a contemplar aquele semblante sentado a poucos passos de distância. Não que fosse relevante, mas algo me atraia àquele momento. Jeans desbotado com um black jacket em cima de um cardigã bem decotado, naquele ônibus vazio, os ponteiros quase mostravam meia noite, aumentando ainda mais aquele clima de risco emocionante. Sentávamos frente a frente, me perguntou as horas, e eu me perdi em meio a tantos pensamentos lascivos, entretanto, respondi. Parecia que estava andando por ai, procurando se encontrar. Mas é só uma hipótese, tomando como evidência os encontros de olhares que diziam muito. Coisa que não se pode limitar tanto em apenas palavras frias e gélidas. Deixarei apenas esta lembrança como campo fértil para imaginação posterior, para mim e para você leitor.
Repito, não que seja relevante, mas relatar isso me faz ir além de uma proposta tão autruísta para dar ouvidos ao meu eu, minha simples vida egoísta. :)

Bruno Vinícius